Coisas de tontos

Existem várias coisas tontas e menos tontas sobre as quais podemos falar. Aqui vamos falar de muitas. Todos os temas e assuntos são dignos de serem apresentados. Queremos ser um Blog generalista com um pouco de tudo, desde piadas a assuntos financeiros.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Medidas de redução do Deficit Nacional

Ouvimos todos os dias falar em medidas sobre o plano da Troika que temos de cumprir e sobre a melhor forma de lá chegar.

Algumas medidas já foram tomadas. Muitas delas do lado da despesa.
Com ou sem razão elas são necessárias. E como são rápidas tem de ser assim.
Por outro lado ouvimos falar que mais uma vez, é quem trabalha, nomeadamente por conta de outrem, a dita classe media que sofre e suporta todas as necessidades.
Não tenho nenhum problema com grandes fortunas. Adoro que existam Bilionarios em Portugal pois isso significa que teremos mais dinheiro como um todo. Mas existem muitos que estão completamente fora do sistema. Todos os dias vejo pessoas com BMW's e que sinceramente olho para eles e não consigo entender onde vão buscar o dinheiro para aquilo.
Ouço dizer que é droga, isto e aquilo. Podem ser varias coisas, mas o mais certo é ser economia paralela que não consegue ser taxada.
Nada tenho contra a economia paralela do pescador que pesca e vai vender o seu peixe a um restaurante. Acho que isso até deveria ser incentivado. Sempre que possível opto por trocas em vez de compras. Acho que muitos deveríamos voltar ao sistema de trocas, das-me ovos e eu dou-te alfaces. Como se faz ainda no campo. Pelo menos essas pessoas, que obviamente contribuem para a economia paralela pois não pagam qualquer imposto por estas transacções de património, mas ninguém o pode condenar, vivem um pouco melhor de alguma forma.

Mas não é esse o ponto. A questão é que é preciso ir buscar dinheiro à economia à paralela, bem ou mal, não se consegue...

Mas aumentar o IVA da eletricidade e gas, por exemplo, ou de outros produtos básicos acho um escândalo e uma afronta ao pais. Um aumento destes afecta tanto um pensionista que ganhe 400Euros como um bilionários que tem receitas de milhares apenas através de juros do seu dinheiro.

Proponho que se considerem medidas drásticas sim e até pode ser no IVA, mas em coisas superfulas, que não trazem retorno ao pais, e que normalmente significam importaçãoes e saída de dinheiro do pais para o estrangeiro.
A eletricidade não é um artigo de luxo. Já um Iaite ou um carro de 100.000 Euros não pode ser visto da mesma forma.
É neste tipo de coisas que acho que deveria ser realmente aumentado de forma colossal o peso dos impostos. Quem quer e tem dinheiro para ter um carro de 100.000 Euros, e acho muito bem que o tenha, e pouco me importa como obteve o dinheiro para o comprar ou que opções de vida teve de fazer para tal, que pague esse luxo pois existem produtos idênticos, mais baratos e que fazem o mesmo serviço. Ter um carro ou um carro que custa uma fortuna não é bem a mesma coisa. Um é uma eventual necessidade que deve ter taxa máxima, mas o outro é realmene aquilo que se pode chamar luxo e ostentação e que o queira fazer deveria de contribuir significativamente para o pais pois isso significa uma saída enorme de dinheiro do pais para um outro qualquer estado da UE provavelmente. Não querem pagar o imposto de luxo. Tudo bem... Guardem o dinheiro no banco. Sempre fica cá a servir o pais ou optem por algo mais modesto e guardem o resto do dinheiro. Mais uma vez não havendo saída de divisas do pais para o estrangeiro.

Deveriam ser penalizados os verdadeiros luxos, que são feitos por milionários sim, mas por vezes por outros que até não são mas pretendem parece-lo. Em todo o caso, quem pode, pode, quem não pode, não pode. Mas vamos separar o que são necessidades ou ambições normais de luxos que se traduzem em envio de dinheiro para o exterior.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Caso BPN Roubo ao País

Hoje Publico aqui um artigo de opinião do Insuspeito, pois não é comuna nem nada que se pareça, não é de esquerda, não é sindicalista. É de direita, foi ministro, mas obviaente tem dois dedos de testa para pensar.
Deveriamos ouvir maisvezes esta gente que fala sem ser ouvida pois a sua voz é incomoda para o sistema existente.

"Com o cumprimento do memorando de assistência, encerra-se mais um capítulo do caso BPN.
Com o cumprimento do memorando de assistência, encerra-se mais um capítulo do caso BPN.
Em 2008, o então Governo nacionalizou o Banco, encostando-o a um concorrente, a CGD. É hoje claro que foi uma má decisão, mas reconhece-se que, naquela altura, era arriscado subestimar o risco sistémico da falência. Só que nunca foram devidamente explicadas a recusa do plano Cadilhe para salvar o Banco e o facto de a SLN ter ficado de fora…
Não se conhecem os números finais, mas serão pesadíssimos. Aos 2,4 mil milhões já reconhecidos, acresce um montante certamente elevado de prejuízos dos activos mais ou menos tóxicos e os custos implícitos no brutal apoio de tesouraria da CGD.
Com a venda do BPN, sabemos, ainda, que o Estado vai reforçar o seu capital em 550 milhões para assegurar valores mínimos e pagará as indemnizações de 800 bancários (e subsídios de desemprego) cujo valor não andará longe dos 40 milhões do oferente (ironicamente, o valor de Coentrão e Roberto…)!
É certo que o Estado assim se livra do BPN, mas seria importante comparar o saldo desta operação com o da opção de liquidar o Banco pagando os depósitos aos clientes.
O certo é que, no fim, o dano vai ultrapassar os 2% do PIB. Em termos relativos, quatro vezes mais do que os desmandos do burlão Madoff que, nos EUA, corresponderam a 0,5% do Produto americano!
E, por cá, onde mora a culpa? Para onde foi todo este dinheiro? Como não houve nenhum cataclismo natural, o custo para os contribuintes representa o ganho de uns tantos que, com algumas excepções, não têm rosto? Esta triste e revoltante história significa, também, a falha grave de supervisão, cujo protagonista, Vítor Constâncio, foi premiado com a ascensão à vice-presidência do BCE.
Enfim, um pesadelo!

Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
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O artigo original está disponivel em

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=499647

O pais está entregue a pessoas que realmente todos temos de duvidar da sua seriadade e lisura.
Da sua honestidade e verticalidade.
Não é possivel não questionar este tipo de decisões. Não é possivel acreditar que o facto de as pessoas envolvidas e escolhidas para isto serem por coincidencia das mesmas cores politicas.
Não é possivel acreditar que o dinheiro desapareceu e não consegue ser encontrado.
O facto é que todos os portugueses terão de colocar no estado este dinheiro, que não tem, eque foi claramente para o bolso de alguem que não se sabe ou não se quer descobrir.

Esta democracia está podre.