Coisas de tontos

Existem várias coisas tontas e menos tontas sobre as quais podemos falar. Aqui vamos falar de muitas. Todos os temas e assuntos são dignos de serem apresentados. Queremos ser um Blog generalista com um pouco de tudo, desde piadas a assuntos financeiros.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Obrigações de Empresas. Fazer ou não?

As obrigações estão a oferecer taxas de rentabilidade acima dos depósitos bancários, mas têm mais risco e menos liquidez e custos associados que podem não ser desprezíveis.
Estas características levam João Sousa, coordenador da revista Proteste Investe, da Deco Proteste, a defender que a decisão de investimento deve ser tomada em função "do perfil de cada investidor".

Sem perder de vista a questão da diversificação do risco de aplicação de poupanças, na célebre expressão de "não colocar os ovos todos no mesmo cesto", é preciso ter em conta algumas características específicas das obrigações. Nesse sentido, João Sousa destaca que o investidor deve ter a noção de que está a emprestar dinheiro a uma empresa e que essa aplicação não está abrangida pelo Fundo de Garantia dos Depósitos, que só se aplica aos depósitos bancários.

Refere ainda a questão da liquidez, ou seja, os depósitos podem ser levantados a qualquer momento sem perda do capital (apenas de juros). Já nas obrigações, a mobilização antes dos prazos (de três anos em todas as emissões, salvo na PT, que é de quatro) pode acarretar perda de capital investido.

As obrigações vão estar cotadas na bolsa de Lisboa, mas praticamente não há negócios, pelo que a venda apressada dos títulos pode implicar uma queda do valor unitário da obrigação.

Importante é também a questão dos custos, que podem anular ou penalizar os pequenos investimentos e que se diluem em aplicações mais elevadas. Conforme as instituições, pode haver lugar a uma comissão de subscrição, que pode variar entre valores fixos, em alguns casos na ordem dos 10 euros, ou depender do montante aplicado. A guarda de títulos pode assumir custos elevados, atingindo 40 euros anuais em vários bancos, mas noutros é superior. A situação tem de ser avaliada caso a caso, já que se o cliente tiver conta de guarda de outros títulos, num determinado montante, pode estar isento.

Nos preçários dos bancos estão ainda previstas comissões pelo processamento de juros, que podem ser fixas ou uma percentagem sobre o valor a transferir. Nas emissões já realizadas, o pagamento de juros é semestral. E poderá ainda haver lugar a uma comissão no final do prazo da emissão, pelo pagamento do capital e juros.

Sem a componente dos custos, a simulação da taxa de rentabilidade de uma aplicação de mil euros, nas Obrigações Continente, que paga uma taxa bruta de 7%, corresponde a uma taxa liquida de 5,250%, o que garante um valor de juros no final do ano de 52,50 euros, ou 154,13 euros nos três anos. Na aplicação de cinco mil euros, o valor de juros no final do período sobe para 787,50 euros

No caso da PT, que oferece a mesma taxa da EDP, a taxa bruta é de 6,25%, o que corresponde a uma taxa anual líquida de 4,688%, o valor de juro anual gerado é de 46,88 euros e no final do prazo de quatro anos é de 187,50 euros. A aplicação de cinco mil euros, no final dos quatro anos, rende 937,50 euros.
fonte:http://economia.publico.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário