No nosso pais "irmão" a Espanha, recusou vender 20% do capital da REE, que gere a sua rede eléctrica, aos chineses da State Grid (que controlam a REN em Portugal). O governo espanhol, preocupado com a manutenção de sectores estratégicos nas mãos do Estado, recusou a oferta. Que chegava aos 1150 milhões de euros...
A decisão faz as delícias dos que defendem que há sectores que não podem cair nas mãos de estrangeiros (questão levantada aquando da privatização da REN). Mas o ponto não é esse: é a diferença de tratamento entre Portugal e Espanha. Vejamos: Espanha teve de pedir 100 mil milhões de euros para tapar os buracos dos seus bancos; e está a negociar com Bruxelas um resgate total da sua economia. Mas se o país precisa de dinheiro, porque não vende os seus "anéis"? Portugal, confrontado com o mesmo problema, foi obrigado a vender os seus, vendendo empresas como a REN, EDP, TAP... Com que argumentos se impõe a privatização de empresas em Portugal e se autoriza que continuem nas mãos do Estado em Espanha?
Acresce que existem outras razões, para além da falta de dinheiro, que recomenda a venda de empresas públicas: a redução do peso do Estado (para tornar a economia mais competitiva. Ora se este argumento foi utilizado com Portugal, devia ser também utilizado com Espanha. A menos que... bem, a menos que Bruxelas esteja a tratar de forma mais "simpática" países com mais peso que Portugal. Suspeita que ganha peso devido ao tratamento que Espanha e Itália têm merecido nas últimas semanas, a propósito dos seus custos de financiamento.
É a confirmação da teoria de que todos os países são iguais... mas há uns mais iguais que outros. Uma vergonha.
Acresce que existem outras razões, para além da falta de dinheiro, que recomenda a venda de empresas públicas: a redução do peso do Estado (para tornar a economia mais competitiva. Ora se este argumento foi utilizado com Portugal, devia ser também utilizado com Espanha. A menos que... bem, a menos que Bruxelas esteja a tratar de forma mais "simpática" países com mais peso que Portugal. Suspeita que ganha peso devido ao tratamento que Espanha e Itália têm merecido nas últimas semanas, a propósito dos seus custos de financiamento.
É a confirmação da teoria de que todos os países são iguais... mas há uns mais iguais que outros. Uma vergonha.
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